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Relatório da ONU alerta para graves mudanças climáticas globais

Cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU divulgaram nesta segunda-feira (31), no Japão, um novo relatório que alerta para os efeitos do aquecimento global, que devem ser severos e irreversíveis. No Brasil, o relatório chama atenção para a ameaça a várias espécies. A China, grande consumidora de grãos, vai enfrentar períodos de estiagem que vão castigar as plantações.

A seca vai provocar incêndios na Austrália. Na África, o principal problema será a falta d’água. A Europa, principalmente o norte do continente, terá que enfrentar as enchentes por causa do aumento do nível dos oceanos. Esse problema é agravado pelo derretimento do gelo em regiões como a Groenlândia. Além das enchentes, a Europa vai enfrentar mais secas e inundações.
Nenhum canto do planeta escapa às previsões catastróficas da ONU. O mundo não se preparou para lidar com as mudanças, segundo o relatório. E o pior ainda está por vir. As secas vão ficar ainda mais severas, a agricultura terá que migrar para as regiões mais frias e o preço dos alimentos deve subir e prejudicar milhões de pessoas.

As evidências estão mais fortes do que nunca. O clima no planeta está sofrendo transformações por influência do homem. A conclusão está no relatório resultado de estudos de mais de 700 cientistas de quase cem países. Segundo os pesquisadores, desde o ano de 1850, a cada três décadas é possível registrar aumento nas temperaturas, e os primeiros dez anos do século XXI foram os mais quentes até agora.

Um gráfico mostra que quanto maior a concentração de dióxido de carbono (CO2) – na atmosfera – maior a temperatura. Os níveis de CO2 nunca estiveram tão altos, consequência da queima de carvão e combustíveis como a gasolina. Os estudiosos afirmam que os sinais mais visíveis do aquecimento global vêm do Polo Norte, onde há cada vez menos gelo.

O relatório das Nações Unidas faz previsões assustadoras. Os cientistas dizem que se a emissão de CO2 continuar nos níveis atuais, os danos poderão ser irreversíveis. Oceanos mais quentes, tragédias climáticas mais frequentes, inundações, menos água potável e menos comida no mundo. Lavouras de trigo, arroz, soja e milho poderão virar cinzas.

O Brasil é citado no documento. Segundo os cientistas, ainda somos – de longe – o país que mais desmata as florestas. A boa notícia é que na última década o ritmo vem diminuindo. Para o Nordeste brasileiro, um alerta: nos próximos 86 anos, a quantidade de chuvas pode diminuir em 22%. O Banco Mundial estima que, a partir de 2050, o mundo terá que gastar o equivalente a R$ 200 bilhões por ano para se adaptar a esse cenário sombrio.

Fonte: Bom Dia Brasil

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